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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

*A um espírita admirável e meus semelhantes da fé espírita.

Dirijo-me a sua pessoa, respeitosamente e no amor cristão, reconhecendo as muitas qualidades observáveis em seu proceder alegre, sorridente, prestativo, disponível, boa índole, inspirador de confiança, honesto, comunicativo, de diálogo, positivo e tantas outras virtudes que se possa mencionar.

Escrevo-lhe no propósito de dar de graça o que de graça recebi. Mas, a que me refiro? Refiro-me à redenção da alma humana, pelos méritos de Jesus Cristo lá na cruz, há quase 2000 anos. Ali Ele bradou ao Pai Celestial: “Está consumado e em tuas mãos entrego o meu espírito”.  Foi um sacrifício substitutivo, ou seja, no lugar de nós pecadores (Deus o pai, em Cristo cumprindo a sua justiça, para poder oferecer o perdão ao que crê (João 3.16). E insubstituível, pois não encontrou outro meio para resolver eficazmente a problemática do pecado da humanidade, senão pelo seu próprio sangue. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29).  

Bem sei da formação religiosa recebida, todavia não lhe assegura salvação eterna, tal qual ofertada pelo Evangelho Segundo Jesus Cristo. E como disse o apóstolo Paulo em Gálatas 1.8-9: “ainda que desça do céu um anjo anunciando outro evangelho, seja anátema” (maldito ou maldição).

O cerne, o ponto central do espiritismo é a reencarnação com seus consequentes desdobramentos, uma vez que um abismo chama outro abismo.

Reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo (Evangelho Segundo o Espiritismo, pág. 24,25).

A grande maioria das religiões tem surgido através de visões, revelações, anjos, experiências do mundo espiritual, para sedimentar as suas teorias, crenças e ensinamentos. Foi assim no passado e ainda hoje acontece. Diferentemente, as Escrituras é divinamente inspirada, é proveitosa para ensinar, redarguir(discutir com argumentos), para corrigir, para instruir em justiça... de forma clara, objetiva e taxativa.

Está escrito: “E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disto, o juízo.”  Hebreus  9.27

Não dá margem à dúvida ou confusão. Não há nas Escrituras Sagradas nenhuma menção  a reencarnação e sim a ressurreição (I Co 15.1-58).

A ressurreição, do grego anástasis e egersis, ou seja, levantar, erguer, surgir, sair de uma situação para outra. No latim é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Então ressurgir dos mortos é a união da alma e do espírito ao corpo após a morte física.

Allan Kardec não acreditava na ressurreição, porque também não creu na ressurreição do corpo glorioso. Aliás, quando a Bíblia fala de ressurreição é do corpo, pois a alma e o espírito não morrem, apenas ficam separados do corpo, o que chamamos de morte física, até o dia da ressurreição, que poderá ser para felicidade ou condenação eterna (Dn 12.2; João 5.29).

É importante frisar que o corpo é parte inerente e essencial na composição da nossa personalidade. Então, a ressurreição é do nosso corpo e não com um corpo estranho à existência que tivemos na terra. Jesus ressuscitou com o seu próprio corpo, porém glorificado, de natureza incorruptível.  

Existem de fato nas Escrituras oito casos de ressurreição, sendo que sete são no sentido de restauração à vida e aquelas pessoas tornaram a morrer. Mas, o próprio Cristo ressuscitou dentre os mortos, onde a morte foi tragada na vitória, totalmente derrotada. E ele ascendeu aos céus, está destra do pai, com todo o poder no céu e a terra (Mt 28.18). Logo, a ressurreição propriamente dita e quem a alcança, não morre mais. Observemos, os casos abaixo são de restauração à vida.

- O filho da viúva de serepta (I Rs 17.19-22);
- O filho da sunamita (II Reis 4.32-35);
- O defunto que foi lançado na cova de Eliseu ( II Reis.13.21);
- A filha de Jairo (Mc 5.21-23,35-43);
- O filho da viúva de Naim ( Lc 7.11-17);
- Lázaro, defunto de 4 dias (João 11.1-46);
- Dorcas (Atos 9.36-43).

O argumento pro-reencarnação de que João Batista era Elias (reencarnado), cai por terra, pois Elias não morreu ainda, foi arrebatado vivo ao céu (II Reis 2.11). O próprio João Batista afirmou que ele não era Elias (João 1.21).

A FASCINAÇÃO PELO OUTRO LADO DA VIDA

Milhares de pessoas, pela curiosidade, a partir de uma experiência mística, em não aceitar a realidade da morte, a saudade de entes queridos, tem caído no engano da consulta aos mortos, o que é condenável na Palavra de Deus. E não foi uma mera proibição feita por Moisés aos hebreus. Tratava-se de uma orientação por ordenança divina (Dt 18.9-14; Is 8.9,20). Os mortos onde se encontram não têm conhecimento do que se passa na terra (Ec 9.5-6; Salmo 88.10-12; Is 38.18-19; Jó 7.9-10; Lc 16.31). Eles não podem ajudar os vivos (Lucas 16.19-31).

E como ficam as atividades mediúnicas? Envolver-se com o mundo espiritual sem que seja pelo meio legítimo e eficaz – Jesus Cristo (I Tim 2.5), é se dispor a ser engodado por forças e manifestações estranhas e temerárias. Nem os anjos têm essa função. (vide artigo Anjos: lugar e função no mundo espiritual no samuca-borges.blogspot.com). Em temas/assuntos - misticismo.

Disse o próprio Cristo a respeito do diabo: Ele é mentiroso e o pai da mentira (João 8.44).  E mais:
Sabe imitar a realidade com os seus embustes (Êxodo 7.22;8.7).
Se necessário, transforma-se em anjo de luz ( II co 11.14).
Tem poder para efetuar sinais e milagres.Todavia, de mentira, enganosos(II Ts 2.9).

Se há milhares de anos já afirmava o apóstolo Paulo de que o “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo”(II Co 4.3-4), imaginemos hoje com a proliferação de movimentos místicos, ocultismo, Nova Era, holismo, satanismo, etc.

O místico em sentido geral é essa busca, a procura de se relacionar com o sobrenatural, enquanto estamos no mundo material, natural. E essa busca poderá está erroneamente orientada, induzida ao engano ou corretamente instruída e legítima.

É triste ver pessoas optarem fazer suas escolhas quanto a crenças, por um deus impessoal, como se fosse apenas um fluído, uma energia e não cultivam uma relação pessoal com Deus, ser moral e espiritual, Criador do homem a sua imagem e semelhança, através do mediador exclusivo – JESUS CRISTO, o qual é o caminho, a verdade e vida, e ninguém vai ao Pai se não for por Ele (João 14.6).

O espiritismo nega a queda espiritual do homem no Éden, em consequência de sua desobediência (Gn 3.1-24). Todavia, está escrito:

Romanos 5.12 - "Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram".

Ezequiel 18.20 - “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará o maldade do filho...”.

Lamentações 3.39 - “De que se queixa pois o homem vivente? queixe-se cada um dos seus  pecados”.

“Porque todos pecaram  e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).

Admirável espírita e meus semelhantes, quando escrevo estas linhas também  oro a Deus em vosso favor, para que o Espírito Santo atue em suas mentes e corações convencendo-os do pecado, da justiça e juízo.

E o maior pecado do homem é a incredulidade. Os demais são consequentes.

REVEJA SUAS CRENÇAS A RESPEITO:

De Deus - Ser espiritual, moral e pessoal, existente em si mesmo, sem começo, nem fim de dias. Não é informe e tem personalidade. De eternidade a eternidade Ele é Deus.

De Jesus Cristo – o Unigênito Filho de Deus, como também o homem perfeito apresentado no Evangelho de Lucas.  “Qualquer ser justo e perfeito é Cristo”, afirmam os teóricos do espiritismo. Não é verdade.

Da Obra expiatória de Cristo na cruz do calvário e sua ressurreição - Sem Jesus não há salvação. Sem o seu sacrifício e a ressurreição não haveria o perdão dos pecados ofertados a todos que crê.

Do Inferno - Descrer do inferno não evitará o inferno nem exclui a sua realidade fática no mundo espiritual. A rigor, inferno faz parte do estado intermediário, enquanto aguarda-se o juízo. O estado final é o Lago de Fogo (Ap 20.13-15).

Da Igreja Cristã - É uma agência do sobrenatural. É composta de humanos salvos, mas não é humana, é divina. Afirmou Mind And Matter: “Se o Cristianismo sobreviver, o espiritismo deve morrer; e se o espiritismo tiver de sobreviver, o Cristianismo deve desaparecer. Um é a antítese do outro...”. Disse Jesus: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela (a Igreja)”.

Da Bíblia - A Palavra de Deus inspirada e escrita, cujo conteúdo é como um PRUMO que habilita a todo homem construir o edifício da fé e se mantém inabalável e seguramente orientado (II Tm 3.16-17).

Diante do exposto, temos observado muitas pessoas, especialmente religiosas, praticando “boas obras”, tentando se salvar por elas. Ledo engano: Para salvação da alma humana o que primeiro conta é o que Deus fez. Explico-lhe melhor: A salvação é pela Graça (favor imerecido), por meio da fé e não vem de nós mesmos, é dádiva de Deus. E muito menos das obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8-10).

Em Marcos 10.26-27, o próprio Jesus deixou bem claro, ao homem é impossível se salvar. Mas, para Deus é possível. Agora, como salvo por Cristo, nova criatura, novos valores, novas posturas, novo comportamento, passamos a andar em novidade de vida e com muita alegria em boas obras. É a soma da obediência com a gratidão e não confundir com atos de compensação. A Graça de Deus para com o homem continua FAVOR IMERECIDO.

Meus semelhantes, amigos e admiráveis espíritas, desejo muito vê-los seguindo a Cristo, nova esperança, olhando somente para Ele – autor e consumador da fé. Não se prive da Graça de Deus por causa de maus testemunhos. Cada um dará conta de si mesmo a Deus. Que assim o faça enquanto a porta da Graça não se fechar.

Leia mais sobre a Ressurreição nas Escrituras (I Coríntios 15, I Tessalonicenses 4.13-18).

Daniel  12.2 – “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”.

João 5.28-29 – “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação”.

*Sr. Izaías Antônio Barros. 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges
Bacharel em Direito e Teologia

Recife/PE - setembro de 2011.

              

Um comentário:

  1. É assim, todos temos um fundamento das crenças. Bom é que seja sustentável...

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